quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Por que razão é que quando se canta debaixo do chuveiro a nossa voz parece mais rica e mais timbrada?
Cantando numa grande área aberta, ouve-se a voz à medida que se pronunciam as palavras. Na cabine do chuveiro, cada um dos sons reflecte-se muitas vezes nas paredes, prolongando a sensação auditiva, dando maior brilho (prolongamento dos sons de alta frequência) e riqueza (prolongamento dos sons de baixa frequência) ao canto.

Por que é que, ao segurar-se de modo incorrecto, o giz emite um chiar desagradável? Por que motivo é importante a orientação do giz, e qual é a causa desse ruído?


O chiar que se ouve nas várias situações descritas resulta de um processo de «fixação e escorregamento». Por exemplo, o giz que se segura incorrectamente começa por se fixar no quadro mas, ao ser inclinado, desliza subitamente no quadro, começa a vibrar e a produzir esse chiar. Quando as vibrações diminuem, aumenta o atrito entre o giz e o quadro, até que o giz volta a fixar-se novamente.

O que é que provoca o som característico que se ouve quando se estalam os nós dos dedos? Por que razão, temos que esperar um pouco antes de conseguirmos fazer estalar os nós dos dedos novamente?

O estalar deve-se à explosão das minúsculas bolhas de gás que estão contidas no líquido que lubrifica as articulações dos dedos, explosão essa que ocorre quando os dedos são puxados e é diminuída, deste modo, a pressão do líquido. É preciso que passem alguns minutos para o gás ser reabsorvido e ser possível estalar novamente os dedos.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007


Como é que um equilibrista mantém o equilíbrio no arame? Por que é que uma vara comprida ajuda?
Num arame ou corda finos, o equilibrista tem que oscilar constantemente ora para a direita ora para a esquerda: primeiro inclina-se para um lado, depois desloca o ponto de apoio por baixo do centro de massa e dá um passo em frente, a seguir inclina-se para o outro lado, depois desloca o ponto de apoio, e assim por diante. Se usar uma vara, o equilíbrio é mais fácil. Inclinando a vara para a esquerda ou para a direita, o executante pode posicionar o seu centro de massa e o da vara sobre o arame. Com o centro de massa na mesma vertical do ponto de apoio, o executante fica em equilíbrio.
Se já alguma vez gravaste a tua voz, ficaste provavelmente surpreendido por te parecer mais aguda na gravação. Aconteceu o mesmo quando ouviste a gravação das vozes de outras pessoas. Mas a tua… não é bem aquele som. O que é que aconteceu?

Uma grande parte do som que se ouve quando falas é conduzida através dos ossos, principalmente as componentes de baixa frequência. Os outros ouvem-no sem esses tons de baixa frequência que, para ti, tornam mais grave a tua voz. Quando ouves uma gravação da tua voz, num gravador de boa qualidade, a fita reproduz o som que os outros normalmente ouvem quando falas.





quinta-feira, 22 de novembro de 2007

De que resultam os relâmpagos?

Uma trovoada não é mais do que uma “tempestade eléctrica” no ar. As nuvens são constituídas por pequenas gotas de água líquida e pequenos pedaços de gelo.
O movimento de ascensão e descida do ar que caracteriza o desenvolvimento de uma tempestade, juntamente com o próprio movimento das gotículas de água e cristais de gelo, afecta a distribuição das cargas eléctricas de sinal contrário promovendo a sua separação. Assim, uma parte da nuvem fica electrizada negativamente e a outra parte positivamente.
Graças ao lançamento de balões - sonda para o interior das nuvens - foi possível compreender como são distribuídas as cargas eléctricas. As partes mais altas da nuvem, que podem atingir 8 a 10 Km, são também as mais frias (» - 40 ºC), concentrando-se aqui as cargas positivas. A base da nuvem, pelo contrário, onde a temperatura é de cerca de 0ºC, é uma zona de carga negativa.
Se a diferença de potencial (d.d.p.) entre diferentes partes de uma nuvem, entre duas nuvens ou entre as nuvens e o solo for suficientemente grande (um valor típico desta d.d.p. é 3 000 000 V), pode originar-se uma corrente eléctrica muito intensa (com um valor que pode atingir 30 000 A), embora temporária, através da própria nuvem, entre nuvens, ou entre a nuvem e a Terra.
É essa corrente eléctrica muito intensa, mas de pequena duração, que constitui a descarga eléctrica. Quando a descarga ocorre entre uma nuvem e o solo há uma emissão de luz em zigue-zague, diz-se que “caiu um raio”. Além disso, a corrente eléctrica produz um clarão muito intenso, relâmpago, que surge precisamente quando as cargas positivas e negativas entram em contacto e que tem uma duração total de cerca de 1/5 de segundo.
Ainda que tenhamos a percepção deste fenómeno como uma única descarga, na realidade as coisas são mais complicadas. No início, parte das nuvens uma descarga – piloto que desce em zigue-zague até ao chão a uma velocidade de cerca de 100 Km.s-1. No seu trajecto o ar fica ionizado, isto é, condutor de electricidade, ligando o solo às nuvens. Do solo pode agora partir um enorme impulso positivo que viaja a cerca de 1/10 da velocidade da luz (300 000 000m/s). Esta corrente eléctrica, com a intensidade de 10 000 A, é transportada no estreito canal, com poucos milímetros de diâmetro, aberto pela descarga - piloto. O ar torna-se, de repente, incandescente, a sua temperatura chega aos 30 000ºC (temperatura que é cerca de 4 vezes superior à da superfície solar) e expande-se a uma velocidade supersónica provocando as ondas sonoras que ouvimos, o trovão.
O estampido ou trovão, que é um som, reflecte-se nas montanhas e casas e apresenta o “ribombar” característico que se ouve durante uma trovoada.
Quando o impulso positivo principal chega à nuvem, daqui parte um novo impulso, desta vez negativo, que desce ao longo do mesmo caminho até ao chão. É esta descarga que vemos como um raio.


Trovoada…
Porque vemos primeiro o relâmpago e só depois ouvimos o trovão?

“ Um relâmpago, numa noite de trovoada, pode iluminar parcialmente uma rua escura. O nosso cérebro diz-nos que o pior já passou, mas sabemos que se segue um som, e que este pode ser assustador…”

Num dia de trovoada, ouve o trovão só depois de ter observado a faísca e se a trovoada estiver distante, o intervalo de tempo que decorre entre os dois acontecimentos pode ser de alguns segundos. Isto explica-se com as diferentes velocidades com que se propagam o som e a luz. O som propaga-se no ar a uma velocidade de 340m/s, isto é, o som percorre num segundo trezentos e quarenta metros enquanto que a velocidade da luz é de 300 000 000m/s, o que significa que a luz percorre no mesmo segundo trezentos milhões de metros. Pela diferença de valores facilmente se depreende que a luz chega quase instantaneamente e o som demora alguns segundo a chegar, dependendo da distância que tem que percorrer.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Flutuar e submergir...
Como é que os submarinos conseguem flutuar e submergir (afundar) nos oceanos, apesar da sua enorme massa?

Os submarinos dispõem de tanques especiais no casco, com válvulas que abrem e fecham uma espécie de portas. Quando os submarinos querem afundar, as válvulas abrem para permitir a entrada da água do mar nestes tanques, tornando assim o submarino mais pesado. Neste caso o peso do submarino torna-se maior do que a impulsão e ele afunda.



Quando pretendem subir à superfície dos oceanos, a água que entrou dentro dos tanques tem que sair. Os submarinos têm um sistema onde se encontra ar comprimido que é accionado de modo a que esse ar entre dentro dos tanques obrigando a água a sair para o oceano. Assim o submarino fica menos pesado e a força de impulsão passa a ser maior do que o seu peso. Deste modo, e como a impulsão é uma força dirigida de baixo para cima, o submarino é obrigado a subir.

Flutuar...
Apesar dos navios terem uma massa de milhares de toneladas eles conseguem flutuar à superfície dos oceanos. Como se explica este fenómeno?

Quando um navio se movimenta à superfície dos oceanos, a parte imersa do navio, isto é, a parte do navio que fica mergulhada na água, desloca um certo volume de água. Este volume de água deslocado tem um determinado peso.
Segundo a Lei de Arquimedes, todo o corpo mergulhado num líquido fica sujeito a uma força vertical, dirigida de baixo para cima, de valor igual ao peso do volume do líquido que o corpo deslocou, a que se dá o nome de impulsão. Deste modo, o navio desloca um volume de água de peso igual a esta força de impulsão. Para que o navio flutue esta força de impulsão tem que ser igual ou superior ao seu peso.
Se não existisse esta força de impulsão o navio apenas estaria sujeito ao seu peso que o “puxaria” para o fundo do oceano. Quanto maiores forem os navios, maior será o seu peso, logo maior terá que ser o volume de água deslocado para que maior seja, também esta força de impulsão que tem que ser igual ou superior ao peso do navio.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Importância das forças de atrito
Quando andamos, não temos qualquer motor a puxar-nos para a frente como acontece, por exemplo com um automóvel... Como é que isto acontece?

É a Força de Atrito que nos empurra. Para nos deslocarmos, os sapatos exercem no solo uma foçra para trás. A força de atrito que se opõe a este movimento para trás, empurra-nos para a frente.


Quando as solas dos sapatos são muito lisas e o pavimento é polido ou tem qualquer óleo escorregadio, a força exercida pelo sapato para trás não faz surgir qualquer fora de atrito e ... escorregamos!

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

As cores...
Porque é que o Céu é azul? E já agora porque é que fica avermelhado no pôr-do-sol?

A luz branca proveniente do Sol, é na verdade a mais colorida de todas as cores! A luz branca é uma mistura de todas as cores do arco-íris. A prova disto está, por exemplo, quando a luz branca atravessa cristais; ela decompõe-se nas diferentes cores que possuem diferentes comprimentos de onda. Mas são é só os cristais que possuem a capacidade de decompor a luz branca, as gotas de água e as moléculas da atmosfera também têm essa capacidade!
Quando a luz do Sol passa através do ar ela decompõe-se numa grande extensão devido às moléculas que existem no ar, bem como às moléculas de água e às partículas de poeira. A direcção que toma depende do comprimento de onda da luz: quanto mais pequeno for o comprimento de onda, maior o desvio.
Quando olhas para o céu mesmo acima de ti, o que vês é a luz do Sol que foi mais desviada – o azul, que tem menor comprimento de onda.




Mas então por que é que o céu muda para vermelho no pôr-do-sol?
Tal como a luz azul, a vermelha também é desviada pelas moléculas de ar, mas não tanto! É uma luz que vai quase a direito, como podemos ver na gravura anterior. Por isso não a vemos quando olhamos para cima.
Mas quando se vê o pôr-do-sol, este fica junto à linha do horizonte, o que significa que a luz tem de atravessar a camada de ar que fica perto da superfície da Terra, com todo os seu nevoeiro de partículas de poeira. O aumento de partículas no ar vai intensificar o desvio das cores azul e violeta, o que significa que os vermelhos, laranjas e amarelos têm mais hipótese de chegar até nós. É o que origina a cor avermelhada do pôr-do-sol.




A sequência de cores num arco-íris...
Desfile de cores

(...) Primeiro o vermelho flamejante avança vivo num salto; a seguir o laranja trigueiro; e depois o amarelo delicioso; a cujo lado caíam os gentis feixes de verde refrescante. Em seguida o azul puro, que enfuna céus de Outono, num jogo etéreo; e então, de matiz mais triste, emergia o anil profundo, como quando a noite, no seu manto pesado, se inclina com a geada; enquanto os últimos fulgores de luz refractada se diluíam num violeta em desmaio.


James Thomson
À memória de Sir Isaac Newton (adaptado)

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Formação do arco-íris...
Nos dias de chuva em que aparecem de repente uns raios de sol forma-se o arco-íris. Como se explica este fenómeno?

A luz do Sol é luz branca que é uma mistura das sete radoações que aparecem no arco-íris. Quando a luz incide nas gotas de água da chuva ela sofre um fenómeno de refracção, isto é, a luz ao mudar do meio material ar para o meio material líquido muda de direcção e de velocidade. As sete radiações que constituem a luz branca vão então propagar-se dentro da gota a velocidades diferentes. Diz-se que a luz sofreu um fenómeno de dispersão. O que acontece numa gota de chuva pode reproduzir-se com uma prima de vidro, como se pode ver na figura:


quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Arco-íris duplo

Às vezes o arco-íris aparece duas vezes, um por cima do outro mas sempre com a mesma sequência de cores... veja!
http://www.youtube.com/watch?v=vMw9Uoknr2k